fbpx

Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos habitantes de Itajaí atualmente é a falta de qualidade da água fornecida pelo município. São inúmeras as reclamações postadas diariamente nas redes sociais por consumidores descontentes, com relatos desconcertantes que envolvem diretamente a saúde de cada cidadão.

Segundo dados do Conselho Mundial da Água, todos os dias, por volta de 25 mil pessoas morrem no planeta Terra devido a complicações relacionadas à má qualidade da água.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 80% das doenças registradas nos países em desenvolvimento são causadas pela contaminação por água de baixa qualidade, o que se torna ainda mais preocupante quando o contato é diário.

Nas últimas semanas, se intensificaram as queixas dos moradores de diferentes bairros, dando conta de que a água tem chegado as suas casas com a coloração marrom, em razão da presença de barro.

Rodrigo Aurélio Souza de Quadros, morador do Dom Bosco, afirma que a água que entra pela tubulação é amarela e vem estragando as roupas brancas e acumulando resíduos, sem contar que diminui a vazão nas torneiras e queima precocemente as resistências dos chuveiros.

Segundo ele: “O aumento da sujeira na caixa d’água faz com que os gastos de manutenção e limpeza aumentem, pois o processo de limpeza torna-se recorrente. Nosso condomínio adquiriu um filtro de água, a fim de tentar amenizar os danos causados pela água de baixa qualidade fornecida pela Semasa, porém sem êxito, já que é constante o acúmulo de sedimentos no fundo da caixa d’água”.

Em razão disso, a SEMASA emitiu um comunicado informando que os consumidores que se sentirem lesados poderão procurar a empresa para obter o ressarcimento do valor das peças manchadas.

Não obstante a péssima qualidade do produto fornecido, o preço da tarifa pelo serviço de distribuição e tratamento da água disparou. Isso porque, no início de 2018, houve um acréscimo de 10,5% na fatura, o equivalente ao dobro do valor da inflação no período.

Portanto, há um duplo desafio ao poder público na gestão dos recursos hídricos do município: ampliar os sistemas de coleta e, sobretudo, tratar adequadamente o esgoto urbano, investindo em tecnologia para a captação, o tratamento e a distribuição de água.

Questionada a dar explicações sobre a situação atual da distribuição e da qualidade da água em Itajaí pelo FORO, a SEMASA não se pronunciou até a publicação deste texto.

 

Tags:

No responses yet

Deixe um comentário