Em 2014…
A ideia de criar um espaço cívico que articulasse os nove municípios da Foz do Rio Itajaí apareceu em 2014, quando moradores de Balneário Camboriú e Itajaí passaram a se reunir para discutir gargalos comuns em mobilidade, saúde e planejamento urbano. Esses encontros amadureceram até a assembleia de 6 de setembro de 2015, data em que o Foro Metropolitano da Foz do Rio Itajaí Açu foi formalmente constituído como associação civil sem fins lucrativos, com sede em Itajaí, personalidade jurídica própria e duração por prazo indeterminado . Desde o primeiro estatuto o Foro assumiu seis princípios norteadores — imparcialidade, neutralidade, independência, moralidade, voluntariado e universalidade — e a missão de congregar a sociedade civil para defender interesses difusos na esfera metropolitana.

Evoluindo…
Nos dois anos seguintes a entidade estruturou-se internamente: criou Assembleia Geral, Conselho Deliberativo, Mesa Diretora e um Observatório Regional com legitimidade para propor ações civis públicas em nome da coletividade . Ainda nesse período foram lançados os primeiros programas de educação cívica, seminários sobre gestão regional e oficinas para capacitar voluntários em controle social das contas públicas. Em 2018 o Foro ingressou na Justiça Federal contra a concessionária Autopista Litoral Sul exigindo a conclusão das pontes das marginais da BR-101 em Itajaí e Balneário Camboriú; o processo levou a um acordo que obrigou a empresa a entregar as obras e se tornou um caso-modelo de mediação judicial exitosa . No mesmo ciclo a entidade propôs outras ações coletivas — como a ACP sobre o trevo da BR-101 com a SC-486 — buscando prazos, cronogramas de obra e indenização por dano moral coletivo quando a inércia estatal prejudicava milhares de usuários.


Em 12 de setembro de 2023 foi convocada uma assembleia on-line que revisou profundamente o estatuto, ampliou o Conselho para até 31 cadeiras e abriu caminho para reuniões virtuais e votações eletrônicas, facilitando a participação de voluntários espalhados pelos nove municípios . A mesma reunião instituiu o Conselho Superior de Presidentes — órgão consultivo formado por ex-dirigentes — e ratificou a criação do Observatório Regional como braço de pesquisa e litígio estratégico .
Após a revisão estatutária o Foro passou a atuar também em políticas urbanísticas locais. Paralelamente, segue monitorando concessões rodoviárias, obras portuárias e licitações aeroportuárias, sempre com foco na transparência e na eficiência do gasto público. Hoje o Foro é reconhecido como a maior organização de moradores de Santa Catarina, operando totalmente em regime de voluntariado e financiada por contribuições associativas e doações. Sua atuação combina debate público, produção de conhecimento técnico, advocacia administrativa e judicial e ações educativas voltadas à cidadania, tudo guiado pelos princípios de moralidade, participação e defesa intransigente do interesse coletivo .
Qualquer residente da região pode tornar-se associado mediante inscrição junto à secretaria do Foro e aprovação conforme os critérios estatutários. A adesão representa aceitação plena dos valores e do regulamento interno, fortalecendo uma rede que vem, desde 2015, traduzindo demandas locais em ações concretas e resultados mensuráveis para toda a Foz do Rio Itajaí.